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BIOGRAFIA
INTRODUÇÃO
OS MESTRES DO METAL
Raras são as bandas de heavy metal que ostentam uma legião
de fãs tão fiéis como o IRON MAIDEN. Desde os anos
80, a turma que tem como símbolo o boneco EDDIE vem atraindo multidões
aos seus shows, regados sempre com muita adrenalina, suor e rock`n roll.
O INÍCIO
A SAGA DA DONZELA DE FERRO
STEVE, O CAPITÃO
Os vocalistas entram e saem do Iron Maiden, mas uma coisa não
muda. É a presença firme do baixista Steve Harris, o homen
que fundou e comanda a banda com autêntica mão de ferro. Nascido
no dia 12 de março de 1957 em Londres, Harris tinha como primeira
ambição tornar jogador de futebol. Ao invés disso
seguiu o caminho da música. Em 71 comprou seu primeiro contrabaixo.
Logo depois fundou com seus amigos de escola o Gipsy Kiss. Era uma banda
cover que tocava músicas do Black Sabbath, Free e outros ícones
do heavy/hard rock.
O Gipsy não durou muito e Harris se juntou ao Smiler,
grupo que estava fazendo seu nome nos circuitos de pubs da Inglaterra.
Mas Steve não se adaptou e saiu depois de ver todas suas composições
rejeitadas. Em maio de 76, Harris trombou com o guitarrista Dave Murray
( nascido em 23 de dezembro de 1958 ) e os dois resolveram criar uma nova
banda. O nome IRON MAIDEN foi escolhido depois que Harris leu o livro "O
Homem Da Máscara De Ferro" e ficou fascinado pôr coisas medievais.
A "Donzela de Ferro" era um instrumento de tortura medieval no qual a pobre
vítima era colocada dentro de uma réplica de um corpo de
mulher e depois era perfurada pôr um monte de pregos.
Logo Harris recrutou o baterista Doug Sampsom, que tinha tocado
no Smiler. Depois de muitas trocas de integrantes a primeira formação
clássica foi estabelecida. Além de Harris, Murray e Sampsom,
o grupo passou a ter como vocalista Paul Di`Anno ( nascido no dia 17 de
maio de 59 em Londres).
Di`Anno, um sujeito agitado e que mais parecia punk do que metaleiro,
entrou para a banda depois de ter passado num teste e contado um monte
de mentiras sobre sua vida e seu passado musical.
Em 78, o Maiden se fixou em pubs londrinos. Com o dinheiro arrecadado
nas apresentações, a banda resolveu gravar um disco independente.
Chamado "The Soundhouse Tapes". O LP saiu em novembro de 78 e vendeu 3
mil cópias. O custo ? Apenas 200 libras.
"THE NEW WAVE OF BRITISH HEAVY METAL"
A nova safra de metaleiros aprendeu muito com os punks. Musicalmente,
a tocar mais rápido. E também herdaram a praticidade e o
contato com os fãs na rua. Eles perceberam que poderiam lançar
seus discos pôr gravadoras independentes e em edições
limitadas. Os fanzines, muito em voga entre os punks, também reapareceram
para divulgar os novos artistas que apareciam na cena de clubes na Inglaterra.
A mídia também começou a prestar atenção
à coisa. O termo "new wave of british heavy metal" ( a nova onda
do heavy metal britânico ) era usado para descrever o renascimento
do metal na terra da Rainha. A expressão apareceu pela primeira
vez no jornal "Sounds" e foi cunhada pelo jornalista Geoff Barton.
De uma hora para outra bandas como Saxon, Deff Leppard, Praying
Mantis, Motorhead, Samsom, Angel Witch e outras começaram a ganhar
espaços entre os britânicos. O mentor do pacote, sem dúvida,
foi o Maiden. Lars Ulrish, líder do Metallica, conta como foi o
impacto de ouvir o grupo de Paul Di`Anno pela primeira vez:
"Obviamente nós não éramos ingleses, mas musicalmente
e em termos de atitude, vimos que tínhamos o mesmo sangue. Na América
não rolava nada do excitante. Queríamos mesmo aquele som
do Maiden."
A EMI NA JOGADA
As grandes gravadoras não ficaram alheias. A EMI logo
tratou de organizar uma compilação chamada Metal For Muthas
com algumas das mais representativas bandas da nova safra. O Maiden entrou
com as músicas Sanctuary e Wratchild. Nesse período entrou
o guitarrista Tony Parsons, que logo deu vez a Dave Stratton.
No dia 28 de novembro de 79 o Iron Maiden assinou com a EMI.
Nova mudança: Strotton saiu e entrou no seu lugar Adrian Smith,
amigo de Murray.
O baterista Sampsom deixou o grupo devido a problemas de saúde
e foi substituído pôr Clive Burr. O primeiro single, Running
Free, chegou ao 34º lugar da parada inglesa. A banda foi convidada
a mostrar a música no Top of the Pops, o mais célebre programa
musical da TV inglesa e se recusou a dublar, insistindo em tocar ao vivo.
Depois disso o grupo entrou em estúdio para gravar o primeiro álbum
pela EMI. Chamado apenas Iron Maiden, o disco trouxe músicas como
Prowler, Stange World e Iron Maiden. Chegou ao 4º lugar na parada
inglesa em abril de 80, ajudado pôr uma turnê com o Judas Priest.
Na capa do primeiro disco já estava a marca registrada
da banda: Eddie, um monstro assassino que parecia uma mistura de Frankenstein
com um cadáver em decomposição. A criatura foi desenhada
pôr Derek Riggs. Para comemorar o sucesso, o grupo deu uma festa
na Câmara de Horrores do Museu de Cera da Madame Tussaud. Em novembro,
o boneco Eddie foi introduzido nos shows do Iron Maiden.
A SAÍDA DE PAUL
O segundo disco da banda, Killers, saiu em fevereiro de 81. Chegou
ao 2º lugar na parada inglesa e também conseguiu algum sucesso
nos Estados Unidos. Em fevereiro o Maiden deu início à The
Killer World Tour, tocando em mais de 15 países. O grupo causou
comoção no Japão, até hoje um dos lugares do
mundo onde o Maiden tem mais público. Apesar do sucesso os problemas
começaram a acontecer. Paul Di`Anno, entrou de cabeça no
estilo de vida rockstar. Bebia muito, tomava drogas e dava canos nos shows.
Uma turnê inteira na Alemanha foi cancelada pôr causa de sua
"indisposição". Em setembro Harris chamou Di`Anno para uma
"conversinha". Paul Di`Anno estava oficialmente fora do Maiden. Depois
disso o vocalista formou a banda Battlezone. O homem continua pôr
aí e lançou o CD Feel My Pain.
A GLÓRIA
BRUCE DICKINSON EM CENA
Para muita gente parecia demitir o cantor quando a banda estava
numa curva ascendente. Mas na verdade Harris achava que Di`Anno não
tinha ambição nem estrutura de alçar vôos maiores.
Para o seu lugar um homem que era totalmente o oposto. Paul Bruce Dickinson
( nascido em 7 de agosto de 58 ) era sério e letrado, formado em
história e antropologia.
Antes de ingressar no Maiden, Bruce tinha cantado no Samsom.
Harris ficou com o receio de uma recepção dos fãs
ao novo vocalista, mas Bruce logo caiu no agrado da massa. A estréia
oficial aconteceu num show no dia 15 de novembro de 81.
No começo do ano seguinte, Dickinson caiu na estrada com
a turnê Beast on The Road. A tour se estendeu pôr 16 países
e eles acabaram tocando pra mais de 1 milhão de pessoas.
Em março de 82 o grupo lançou um single com a música
Run to The Hills, um clássico que chegou ao 7º lugar na parada
inglesa. O álbum de estréia com Bruce, The Number of The
Beast, foi um sucesso sem precedentes. Atingiu o 1ºlugar na Inglaterra
e finalmente estabeleceu o Maiden no mercado americano. A banda foi para
os EUA e tocou para multidões. Bruce sacudia tanto a cabeça
durante os shows que teve que usar um colar cirúrgico em volta do
pescoço até o fim da turnê. A banda sempre foi fanática
pôr futebol e resolveu organizar um time para jogar contra outras
bandas e com a imprensa. Em julho o pessoal do Maiden jogou contra os Scorpions.
Foi uma partida disputadíssima, mas que não saiu do 0x0 !
MAIS UM BATERISTA FORA
No começo de 83 o baterista Burr saiu da banda amigavelmente.
Em seu lugar entrou Nico McBrain, ex-membro da banda francesa Trust, que
tinha tocado com o Maiden em 81. Em março foi lançado o álbum
Piece of Mind. Gravado em Nassau, Bahamas ( onde a banda passou a residir
devido aos impostos ingleses), o disco chegou ao 3º posto na Inglaterra
e 14º nos EUA (onde ganharia platina). Depois disso o Iron começou
uma nova turnê, intitulada World Piece, que durou 4 meses.
Além do sucesso de vendagem e de público, o Maiden
começou a ganhar prêmios. A Kerrang!, mais importante revista
do metal do mundo, escolheu os álbuns Piece of Mind e The Number
of The Beast como os mai8s importantes da história do rock pesado.
Para relaxar, o grupo participou de mais um jogo de futebol metálico,
ganhando do Deff Leppard pôr 4 x 2.
IRON IN RIO
A banda saiu pelo mundo novamente. A tour World Slavery
começou em agosto de 84 na Polônia. Foram mais de 300 apresentações
em 28 países, inclusive Brasil, onde o Maiden participou do lendário
Rock In Rio I, em janeiro de 85.
Mas o disco de sucesso saiu no começo do ano. Powerslave,
gravado na França, atingiu o 2º lugar na Inglaterra e 21º
nos EUA. A turnê chegou `´a Ásia e terminou no dia 5
de julho na Califórnia. As apresentações foram registradas
no álbum duplo Live After Death, que saiu em outubro alcançando
o 2º lugar na Inglaterra e 19º nos EUA.
Depois de toda essa atividade o grupo resolveu descansar pôr
cerca de seis meses. Em setembro 86 é que o Maiden lançou
o disco Somewhere In Time, outro marco. Ali a banda abandonou um pouco
do peso e se apoiou mais na habilidade dos músicos. Chegou ao 3º
lugar na Inglaterra e 11º nos EUA, marcando o começo de mais
uma turnê mundial, que durou sete meses. Além de correr o
mundo o grupo fez um show de caridade no teatro Hammersmith, onde tocou
com o Bad News, um grupo de metal humorístico. O novo projeto de
estúdio se chamou Seventh Son of a Seventh Son e saiu em abril de
88. O traba lho era muito conceitual e acabou confundindo a crítica,
que não entendeu sua intrincada história. Mas foi um sucesso
de público, alcançando o primeiro lugar na Inglaterra e chegando
ao 12º lugar nos EUA. Dois singles voaram alto no hit parade inglês:
"Can I Play With Madness" (3º lugar) e "Evil That Man Do" (5º
lugar). Em agosto começou outra turnê. O grupo só tocou
na Inglaterra uma vez naquele ano. Foi no dia 20 em Donnington, no Monsters
of Rock.
ADRIAN SAI E BRUCE BALANÇA
Em 89 os integrantes do Maiden trataram de descansar. Bruce se
ocupou de outra de suas grandes paixões, a esgrima. Ele chegou a
ser sétimo no ranking inglês e foi a Paris representar a Inglaterra
no campeonato europeu. Em dezembro Dickinson, Robert Plant, Ian Gillan
e Brian May gravaram a música "Smoke on The Water" (original do
Deep Purple) para o projeto Rock Aid Armenia. O dinheiro arrecadado foi
para ajudar as vítimas de um terremoto na Armênia.
A década de 90 começou bem. A EMI, para comemorar
os dez anos de associação com o grupo, resolveu lançar
um pacote com os singles do grupo.
Resultado: todos eles entraram novamente na parada inglesa.
Apesar do Maiden estar em alta, Bruce estava louco para desenvolver
carreira-solo. Em maio lançou seu primeiro disco, chamado Tattoed
Millionaire. O álbum vendeu bem, alcançando a honrosa 14º
posição na Inglaterra. Tattoed Millionaire foi gravado com
a participação de Janick Gers, que naquele momento substituía
Adrian Smith. O guitarrista, alegou "diferenças musicais" e depois
formou a banda ASAP. Tudo isso serviu para abalar a estrutura do Maiden.
As tensões cresceram entre Steve Harris e Bruce Dickinson,
o baixista não estava gostando nada das atividades paralelas do
vocalista. Ainda nos anos 90 Bruce fez alguns shows solo nos EUA e Inglaterra
para promover seu disco. Além disso lançou o livro The Adventures
Of Lord Iffy Boatrace, que foi muito elogiado pela crítica especializada.
O álbum seguinte, No Player For The Dying, saiu num momento
delicado para a banda. Além dos problemas com Bruce, o Maiden lutava
para manter sua posição no topo da cena do metal, revitalizado
com o surgimento do trash e de nomes como Metallica, Slayer, Anthrax e
outros. Lançado em outubro de 90, o disco chegou ao 2º lugar
na Inglaterra e 17º nos EUA. Outra turnê foi programada, ligeiramente
mais curta que as anteriores.
Em janeiro de 91 saiu o compacto "Bring Your Daughter The
Slaughter". Foi o primeiro single a chegar no topo da parada inglesa e
calou a boca de quem achava que o Maiden "já era". O grupo foi aos
EUA com a turnê No Player On The Road, tocando em 33 cidades.
BRUCE DÁ ADEUS
Fear Of The Dark, o último álbum com Bruce, saiu
em maio de 92. Logo após as gravações o vocalista
anunciou que estava deixando a banda e só ficaria para a tour de
despedida. A turnê que se seguiu foi tensa, cheia de brigas nos bastidores.
No palco Bruce não escondia seu enorme tédio e desinteresse.
Em agosto desse ano o grupo passou novamente pelo Brasil.
Logo após o fim da turnê, Bruce saiu oficialmente
do Maiden, tocando a sua bem sucedida carreira-solo. Bruce lançou
o disco Chemical Wedding, que agradou os fãs e a crítica.
Steve Harris logo tratou de avisar que a banda não estava terminando
e que em breve seria anunciado um novo vocalista.
A VEZ DE
BLAZE
Para solucionar a falta de material novo saíram em 93 três
álbuns ao vivo, gravados nos últimas turnês da banda
com Dickinson nos vocais: A Real Live One, A Real Dead One e Live at Donnington.
O primeiro só tinha músicas antigas, até o álbum
Powerslave. O segundo trazia material mais novo a partir de Somewhere In
Time. Já o disco duplo Live at Donnington continha faixas gravadas
no Monsters of Rock.
Steve Harris anunciou que o novo vocalista seria escolhido num
concurso mundial. Milhares de candidatos do mundo todo mandaram cassetes
para concorrer à vaga, inclusive o brasileiro Sérgio Vid,
da banda Vid & Sangue Azul. Só que tudo não passou de
um golpe promocional. O novo cantor já estava escolhido e seu nome
foi anunciado em janeiro de 94. Era Blaze Bailey, ex-vocalista do Wolfsbane,
banda inglesa que tinha aberto para o Maiden na turnê de 1990. O
baixista e dono da banda tinha certeza que a escolha foi acertada. Harris
comentou: "Com Blaze tudo voltou aos eixos. Ele tem 100% de entusiasmo
e é um homem de equipe. Bruce tinha outras preucupações.
Com Blaze nós ganhamos um novo sopro de vida".
DETONANDO NO MONSTERS
O primeiro disco com Blaze saiu em outubro de 95. The X Factor
mostrou que ele tinha se adaptado perfeitamente no estilo da banda. O Iron
Maiden e seu novo vocalista saíram em turnê que passou pôr
toda a Europa, EUA, Japão e Brasil. Eles foram a principal atração
do Monsters of Rock, onde tocaram para mais de 40 mil pessoas no estádio
do Pacaembú.
No final de 96 saiu The Best of The Beast, um cd duplo com os
maiores hits da banda, além de umas faixas recém gravadas
pôr Blaze. Em 97 a banda descansou. No começo de 98 foi lançado
Virtual XI, um disco que reflete as duas maiores paixões da banda:
futebol e computadores. O grupo inclusive lançou um joguinho para
computador estrelado pôr Eddie, seu mascote. Depois chegou às
livrarias Run To The Hills, a biografia oficial da banda. O livro foi escrito
pôr Mick Wall e contou com o apoio total de Steve Harris.
Neste final de 98, os nove primeiros discos de estúdio
do Maiden foram relançados em edições remasterizadas
e com livreto informativo. Todos os cds trazem faixas interativas com clipes
e informações sobre a banda. Saíram no pacote: Iron
Maiden, Killers, The Number of The Beast, Piece of Mind, Powerslave, Fear
of The Dark, Somewhere In Time, Seventh Son of a Seventh Son, No Player
For The Dying, Live After Death, Live at Donnington e A Real Live Dead
One.
O Maiden desembarcou no Brasil em dezembro de 98, para shows
em São Paulo, Rio, Campinas e Curitiba, ao lado da banda alemã
Helloween e o Raimundos.
No início de 99, uma notícia causou muita alegria
nos fãs do Maiden, "Bruce Dickinson volta para o Iron Maiden". Bruce
só esperou acabar sua turnê solo, do álbum Chemical
Wedding, (no qual passou pelo Brasil), para voltar definitivamente ao Maiden,
acompanhado pôr Adrian Smith (ex-guitarrista do Iron e acompanhou
Bruce em sua carreira solo).
Ainda no início de 99, o Maiden lançou um CD triplo
com músicas da banda e um jogo de computador.
O Maiden se prepara para ingressar no próximo milênio
ainda no Olympo do metal, com popularidade em alta e influenciando várias
gerações de roqueiros.
Feito
por Eduardo (Baterista) e André ( ).
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